Chile: uma viagem em vídeos

Pois bem. Consegui subir os vídeos da viagem. Minha mãe andou assistindo e disse que eles são muito melhores que as fotos: “Me senti lá passeando também”. Então, talvez você também sinta o mesmo. Os vídeos de Valle Nevado já foram postados no post anterior e agora eu dou sequência.

Esse é o Parque Forestal, onde fica o Museu de Bellas Artes e o Museu de Arte Contemporânea. Foi o único lugar que eu vi destroços do terremoto.

Consegui fazer essa imagem dos cachorros atacando um carro. Típico. Eles são muito desses.

O Cierro San Cristóbal é onde é o zoológico (que tem kanguru, urso polar, pinguins, leão marinho e outros bichinhos diferentes). É muito parecido com o passeio ao Corcovado: pela carga religiosa do lugar (lá, em vez de Cristo é Maria) e pelo trenzinho que te leva até o topo da montanha. A diferença é que depois há uma série de escadas que não são rolantes. O-ou.

Calle Antonio Lopez de Bello, que cruzava com a rua que eu estava, a Pio Nono. É muito fofa, toda colorida e cheia de galerias de arte. Uma rua artística.

La Chascona é a casa de Pablo Neruda em Santiago. Não podia filmar lá dentro, uma pena. É super interessante. A residência foi construída de forma a imitar um navio. É um máximo. Tem várias obras de arte importantes decorando todos os ambientes da casa e algumas com mensagens escondidas. A casa é cheia de simbologias, na verdade. O guia explicava tudo direitinho. Muito legal.

Em Valparaíso, fica a outra casa de Pablo Neruda, La Sebastiana, com uma vista linda para o Pacífico (a casa de Santiago tem vista para os Andes). É uma cidade super agitada e a impressão que eu tive é que todo mundo está ali de passagem, por causa do porto, do comércio e dos turistas. Pode parecer uma favela, mas não é. Todos moram nos morros por falta de opção e ali há ricos e pobres. As casas são coloridinhas porque os navios chegavam e distribuiam baldes de tinta para os moradores (foi o que me disseram).

Eu adorei Viña del Mar. É uma cidade essencialmente turística e, por isso, linda. Tem as belezas naturais como o Rio de Janeiro, mas com o dinheiro de São Paulo. É tudo muito bem cuidado. E eu entrei no Pacífico! Água geladíssima, mas valeu a experiência. Afundei meu sapato na água e tive que comprar outro, mas nao encontrava o meu número (45/46) por lá. O máximo que tinham era 44 e isso não entra no meu pé. Tive que me virar com um par de chuteiras que era a única coisa do meu tamanho. Ri-dí-cu-lo.

 

Eu vi esse circo quando tava indo para Valparaíso e na mesma hora decidi que iria quando retornasse a Santiago. Misturavam as performances típicas de um circo – malabarista, trapezista, mágico, palhaço – com performances musicais de Grease, de Pequena Sereia e Thriler, por exemplo. Tudo no gelo. Adoro. Me lembrei quando eu era criança e ia ao Holiday On Ince.

 

Plaza Italia, onde ficava o cybercafe que eu frequentava diariamente. Também almocei e jantei um bocado de vezes por ali.

 

Cierro Santa Lucía tem uma vista lindinha dos Andes e vários lugares bonitos, com muito verde, ao longo da subida. Mas é super cansativo. É escada seguida de escada. Cheguei ao topo morrendo de calor – o que não fazia o menor sentido porque antes de começar a subir eu estava com frio. Lá em cima, tirei casaco, luvas, tudo e criei energias para descer tudo de novo. haha

Falta só o vídeo do Palacio de la Moneda que, por pura coincidência, eu visitei no dia que o presidente do Chile estava recebendo o presidente da Colômbia e, ao lado, no Banco do Estado, havia uma ameaça de bomba que foi o auê do dia. haha Assim que eu colocar ele no Youtube, eu atualizo esse post.

O paraíso branco de Valle Nevado

Eu molhando a minha roupa toda

Bem, Valle Nevado foi o grande responsável pela minha ida ao Chile. Eu queria ver neve – digamos que é uma curiosidade que eu tenho desde criança – e essa é a maior estação de esqui da América do Sul. E como é grande! Então, por isso, fui parar lá. De uma curta viagem de sete dias, a estação de esqui estava programada para ser a minha última parada. Mas pelas das ameaças de chuvas fortes que poderiam impedir a chegada lá, Valle Nevado foi o meu primeiro passeio em solo chileno.

Fui em um tour com mais dois brasileiros – um garoto de 23 anos e seu pai. O motorista – Evaristo – era um ótimo guia. Ia contando histórias e detalhes de cada lugar que passávamos e respondendo a todas as perguntas que fazíamos. Era um senhorzinho que, embora tenha dito a sua idade, eu não lembro. Devia ser algo entre 70 e 80. O outro garoto já esquiado e visitado El Colorado e estava ansioso demais para chegar ao Valle. Reclamava do trânsito e dos constantes engarrafamentos o tempo todo e pesava um pouco o ambiente. É verdade que demoramos muito mais do que o previsto para chegar lá e que quando o Evaristo dizia que ‘já’ estávamos há 1500 metros de altura era um sofrimento pensar que ainda faltavam mais 1500 para o nosso destino. Mas ninguém tinha culpa.

Estrada a Valle Nevado @ Chile (2010)

 Eu não me importei nem um pouco com a viagem. É linda. Subir os Andes, mesmo com engarrafamento e horas parado no mesmo lugar, já é um passeio e tanto. A cada centímetro que você anda, mais se aproxima da neve. A estrada vai ficando cada vez mais branca e a neve – antes tímida – vai dominando o ambiente e tomando novas formas. No início do percurso, ela parece uma raspinha de gelo. Depois, aparenta ser mais consistente e cremosa – embora não seja.

Lá em cima, tinha muita gente, de todas as partes do mundo. Muuuuuuuitos brasileiros. Galera do Nordeste, do Sul, e conversei com um bocado de cariocas também. Todo mundo encarando o frio. Lembro de duas famílias, ambas carregadas de crianças e como elas se divertiam. É um ótimo passeio para crianças! Queria ter conhecido neve quando era menor. Com esse tamanhão todo, fiquei um pouco inibido no início de brincar e tudo mais. Depois me soltei, com as crianças. E detalhe: todo mundo que vi fazendo boneco de neve era brasileiro. haha Tudo com desejo reprimido.

Lá em Valle Nevado também que disseram que eu tô acabado.

– Quantos anos você tem?
– 20.
– Nossa, parece mais velho!
– Ah é?
– É! Você tá usado hein, meu filho.

U-sa-do. É cada uma. Eu saio daqui para ouvir desaforo lá na putaqueopariu.

 Valle Nevado @ Chile (2010)

Mas, no geral, foi tudo um máximo. Adorei cada momento que passei lá, com aquele ar rarefeito. Quero voltar. Quero levar a família, quero levar os amigos. Coisa boa a gente tem que compartilhar. E a neve é algo muito coletivo. Pede companhia. É estranho fazer guerra de neve com desconhecidos, mas eu fiz. hahaha Lembrei de uma cena agora. Uma brasileira (sempre!) se jogou na neve como quem se joga numa piscina de bolinhas (é um máximo fazer isso, eu também fiz) e levantou gritando: Entrou neve na minha roupa! Tem neve na minha bunda! Tem neve na minha bunda! Ri um bocado.

Viagem ao Chile: Turbulência, neve e curiosidades

Ok, eu menti quando eu falei que dia 28 estaria de volta. Mas é que não tive muito tempo desde que cheguei e queria postar quando estivesse com as fotos e os vídeos todos disponíveis, o que obviamente ainda não aconteceu com a minha conexão rááááápida. Como terça-feira viajo de novo, dessa vez para a Argentina, vim aqui contar um pouco da viagem ao Chile.

(Não, não sou rico. É a primeira vez que viajo para fora do país, juntando cada centavinho que via pela frente)

Em pensar que eu quase desmarquei a viagem por causa do terremoto de Fevereiro. O Chile é lindo, gente. E o povo é tão receptivo! Eles sentem um prazer em ajudar! Muito calorosos, apesar do frio que estava por lá. Quantas vezes pedia para alguém bater uma foto minha (eu viajei sozinho) e eles acabavam batendo duas, três, quatro fotos? E ainda esperavam eu ver se estavam boas. Super amáveis.

O único problema era com o dinheiro. Na primeira noite, eu estava desconcertado por uma turbulência braba pela qual o avião havia passado (vídeo acima) e também porque a Vivo não havia desbloqueado o meu celular para usar fora do país (como solicitado). Não estava raciocinando muito, então me confundia na hora de dar o dinheiro. Eles diziam “seis e cinquenta” ($650) e eu – não sei o porquê –  dava $6500. Ou seja, na primeira noite andei distribuindo dinheiro e pagando muito mais do que biscoitos e águas realmente valiam. Mas vamos mudar de assunto senão vocês vão me achar um idiota.

 Santiago @ Chile (2010)

Mas no geral, foi tudo ótimo. Me apaixonei por Viña del Mar e Valle Nevado. São dois lugares que quero voltar. Santiago – onde fiquei hospedado – também é muito divertido, tem lugares lindos e uma vida bem agitada. Santiago, em alguns momentos, me lembra São Paulo, que eu particularmente adoro. Mas Valle Nevado… é uma paisagem que eu nunca tinha visto sequer parecida. Neve para todos os lados que eu olhava. Tudo branco. É divertidíssimo brincar na neve. Me senti retardado criança de novo. E também é tão tranquilizador. Olhar para as montanhas e não pensar em nada ao mesmo tempo que se pensa em tudo. É louco, eu sei. Mas assim que eu me senti.

Enfim, sobre o terremoto: aparentemente, estão recuperados. Alguns museus estão fechados em reparo e outros estão com acesso limitado, com algumas áreas também em reforma, mas no geral está tudo bem. Vi faixas de “Peligro” no máximo umas três vezes interditando locais  e o único lugar que vi aos pedaços foi o prédio (lindo mesmo destruído) da Academia de Belas Artes (foto abaixo).

Museo de Bellas Artes @ Santiago / CL (2010)

Bem, estou alongando-me sem contar nenhuma história bacana (isso eu farei quando estiver com os vídeos todos no Youtube), então vou falar rapidamente sobre coisas que me chamaram a atenção por lá.

Pedestres que atravessam com o sinal verde para os carros levam multa. E as pessoas respeitam essa regra. Apenas alguns jovens quebram a lei e cruzam as ruas rapidinho, com medo de serem vistos, julgados e multados. No geral, as pessoas ficam paradas esperando os sinais fecharem mesmo que não venha carro algum.

– Há muitos cachorros de rua. Mas muitos mesmo. Mas são mais bonitos e maiores que os vira-lata daqui. Alguns parecem ter raça. E as pessoas são assistencialistas com eles, dando comida e tudo mais. As vezes, esses cachorros escolhem um carro e o atacam. É divertido. (fiz vídeo)

Santiago @ Chile (2010)

– É proibido beber (álcool) nas ruas. A polícia vê e te faz jogar fora. Geralmente, tem um policial vigiando as entradas das baladas. Nas praias em Viña del Mar, só se pode beber em alguns quiosques cercados. Nada de ambulantes na areia vendendo cerveja.

– Se você escolher num cardápio “frango”, é exatamente isso que você vai receber. E nada mais. Os pratos não vem com acompanhamentos, como aqui. Esses devem ser pedidos – e pagos por isso. Em Viña del Mar, a comida é mais cara e um prato com uma fatia de carne pode custar R$35. Tenso.

– Os chilenos, em sua maioria, são baixinhos. E moreninhos. E com gorrinhos. E casacões. Não usavam muito as luvas, que para mim eram extremamente necessárias.

– As faculdades públicas foram privatizadas. E me disseram que, pelo nome que tem, são até mais caras que as demais faculdades. No geral, as mensalidades giram em torno de US$500. Ainda sobre a educação, há uma lei que obriga que toda criança frequente a escola.

Universidad Catolica @ Santiago / CL (2010)

Bem, a novela começou. E eu tô boiando. Tenho que ver para me atualizar. Depois conto mais coisas. As fotos estão no Flickr. Ainda não consegui colocar tudo, porque parece que ultrapassei o limite mensal de transferência, então depois coloco as que faltam. Beijo, gente!

Teaser do filme de Bruna Surfistinha

Saiu o teaser do filme da Bruna Surfistinha, com Deborah Secco, Drica Moraes e Cassio Gabos Mendes no elenco. A previsão de estréia é para Janeiro do próximo ano, mas eu não confio, porque a trajetória desse filme é repleta de adiamentos. Eu li o livro O Doce Veneno do Escorpião quando tava na escola e, na época, adorei. Na verdade, adoro histórias de garotoas de programas e tudo mais. Já li outros livros sobre e já vi alguns filmes também. Mas o (livro) da Bruna é o melhor, a história é mais aprofundada com antes e depois. Quero ver o filme.

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