A quinta edição do reality show “A Fazenda”, da Rede Record, estreou na terça (29/5), alcançando a liderança na audiência por 28 minutos em São Paulo, segundo o jornal Agora São Paulo. Os 17 pontos no Ibope superaram, inclusive, os 16 do primeiro episódio da edição anterior do programa, considerada um sucesso. Mas será que a emissora conseguirá manter essa força?
O elenco escolhido para a nova temporada de “A Fazenda” repete o estereótipo dos personagens de outras edições. Há a ex-panicat (Nicole Bahls), a terceira idade polêmica (Gretchen), o representante ploc (Sylvinho Blau Blau), a celebridade de carnaval (Ângela Bismarchi, Viviane Araújo) e a cota queer (Léo Áquila). Na “Fazenda 4”, eles eram respectivamente Dani Bolina, Monique Evans, Compadre Washington, Renata Banhara e Bruna Surfistinha. Na “3”, Lisi Benitez, novamente Monique Evans, Sérgio Mallandro, Andressa Soares e Nany People.
A repetição revela a estratégia da emissora de apostar em sua zona de conforto, que vem dando certo e tirando pontos da TV Globo. O problema é que o elenco pode estar prestes a se desgastar – como aconteceu, aliás, com o “BBB”. Toda reprise, uma hora, cansa. Novos formatos, como o “Mulheres Ricas”, da Band, acabam tendo mais impacto. Tem mais valor o que é novo. A filosofia “nada se cria, tudo se copia na TV”, do Chacrinha (morto em 1988), não deveria mais ser aplicada.
À primeira vista, o canal conseguiu impressionar, com um elenco até potencialmente mais forte que o da primeira “Casa dos Artistas”. Apesar dos nomes desconhecidos (que não podem ser desprezados, visto que o prêmio foi para eles nas duas últimas edições), a Record conseguiu escalar celebridades que alimentam a imprensa especializada e, acredita-se, alimentarão a edição consequentemente. Resta saber até quando.